terça-feira, 30 de novembro de 2010

O que os jovens gostam de ler

Levantamento feito pela biblioteca do Colégio Rio Branco, em São Paulo, aponta quais são os livros procurados pelos jovens.

De acordo com a biblioteca do Colégio Rio Branco, os jovens estão cada vez mais interessados pela leitura. Para mostrar o que os alunos mais gostam de ler, foi realizado levantamento que aponta os exemplares mais retirados, de acordo com a faixa etária, e os livros sugeridos para pertencer ao acervo da biblioteca Primo Pascole melaré.

Meg Cabot é uma das autoras mais procuradas por alunos entre 11 e 16 anos, com a coleção “Diária da Princesa” (Oito volumes) e “A Mediadora” (Seis volumes).

Já os meninos entre 11 e 17 anos preferem os livros da série Harry Potter, de J.K. Rowling (as meninas também gostam). As garotas da 8º série ao 3º ano do ensino médio, entre 13 e 17 anos, buscam muito a série de livros da Warner Channel.

Entrevista e comentários

Fizemos algumas perguntas para os estudantes da Escola Estadual Professora Alice Chuery.

Os alunos entrevistados são:

Hellen Ferraz Figueredo do 2ºB eFernanda Gabler do 2º

As perguntas foram as seguintes:

1-Você lê livros? Com que freqüência?

2-Qual o método de escolha: a quantidade de paginas, o gênero, o tema ou autor?

3-Quanto tempo demora?

4-Gosta de ir à biblioteca ou prefere sozinho em casa?

5-Você acha que lendo livros o desenvolvimento das pessoas melhora?

6-Em sua opinião, com que freqüências devem ler livros?

Resposta de Hellen:

1-Sim adoro ler livros e sempre que tenho tempo, pego algum na biblioteca.

2-Costumo escolher pelo tema que mais me interessa naquele momento e, às vezes, pelo autor.

3-Eu leio todo dia e normalmente, leio por volta de 180 paginas por dia.

4-Vou à biblioteca apenas para pegar os livros, porém, os leio em casa.

5-Melhora consideravelmente, não apenas por melhorar sua escrita e fala, mas melhorar seu olhar crítico, sua forma de ver o mundo e suas questões.

6-Sempre que pudermos, no ônibus, em casa, no almoço, etc.

Resposta de Fernanda:

1-sim leio. Muito, toda a vez que compro, encontro pego emprestado um livro eu leio.

2-O gênero.

3-O tempo necessário.

4-Prefiro ler em casa sozinha.

5-Com certeza, além de melhorar a leitura, escrita, acrescenta algo novo, até na forma de elaboração um texto ou resposta.

6-Sempre que possível.

Os livros mais procurados

Hoje em dia os jovens, principalmente a as garotas, gostam de ler o livro da saga crepúsculo que são essas: Os livros crepúsculo; crepúsculo lua nova; eclipse e amanhecer.Outro livro de sucesso entre os jovens é Harry Porter que também tem varias sagas que são elas: Harry Potter e a Pedra Filosofal; Harry Potter e a Câmara Secreta; Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban; Harry Potter e o Cálice de Fogo; Harry Potter e a Ordem da Fênix; Harry Potter e o Enigma do Príncipe; Harry Potter e as Relíquias da Morte.Também tem os mangá(em japonês: manga, literalmente história(s) em quadrinhos), que são livros de animação japonês de aventura, romance, ficção ou hentai. Aqui no Brasil são mais procurados por pessoas que se denomina Otakos, que gostam de animes e manga.Um exemplo de manga é Naruto Shippuden, que também transformaram em anime.Há também vários outros tipos de mangá pelo mundo alguns deles são:

Dragon Ball ;Dragon Ball Kai ; Fairy Tail ;Iron Man; Inuyasha ;Naruto Shippuuden;One Piece ;Pokemon ; e muito outros.

Gênero que os jovens

Mais procura

Os gêneros que os jovens mais procuram são:

· Ficção;

· Ação;

· Drama;

· Aventura;

· Comedia e

· Romance.

terça-feira, 29 de junho de 2010


Literatura

Literatura pode ser definida como a arte de criar e recriar textos, de compor ou estudar escritos artísticos; o exercício da eloquência e da poesia; o conjunto de produções literárias de um país ou de uma época; a carreira das letras. A palavra Literatura vem do latim "litterae" que significa "letras", e possivelmente uma tradução do grego "grammatikee". Em latim, literatura significa uma instrução ou um conjunto de saberes ou habilidades de escrever e ler bem, e se relaciona com as artes da gramática, da retórica e da poética. Por extensão, se refere especificamente à arte ou ofício de escrever de forma artística. O termo Literatura também é usado como referência a um corpo ou um conjunto escolhido de textos como, por exemplo, a literatura médica, a literatura inglesa, literatura portuguesa, etc.

Debate

Mais produtivo do que tentar definir Literatura talvez seja encontrar um caminho para decidir o que torna um texto, em sentido lato, literário. A definição de literatura está comumente associada à ideia de estética, ou melhor, da ocorrência de algum procedimento estético. Um texto é literário, portanto, quando consegue produzir um efeito estético e quando provoca catarse, o efeito de definição aristótélica, no receptor. A própria natureza do caráter estético, contudo, reconduz à dificuldade de elaborar alguma definição verdadeiriamente estável para o texto literário. Para simplificar, pode-se exemplificar através de uma comparação por oposição. Vamos opor o texto científico ao texto artístico: o texto científico emprega as palavras sem preocupação com a beleza, o efeito emocional. No texto artístico,ao contrário, essa será a preocupação maior do artista. É óbvio que também o escritor busca instruir, e perpassar ao leitor uma determinada ideia; mas, diferentemente do texto científico, o texto literário une essa instrução à necessidade estética que toda obra de arte exige. O texto científico emprega as palavras no seu sentido dicionarizado, denotativamente, enquanto o texto artístico busca empregar as palavras com liberdade, preferindo o seu sentido conotativo, figurado. O texto literário é, portanto, aquele que pretende emocionar e que, para isso, emprega a língua com liberdade e beleza, utilizando-se, muitas vezes, do sentido metafórico das palavras. A compreensão do fenômeno literário tende a ser marcada por alguns sentidos, alguns marcados de forma mais enfática na história da cultura ocidental, outros diluídos entre os diversos usos que o termo assume nos circuitos de cada sistema literário particular. Assim encontramos uma concepção "clássica", surgida durante o Iluminismo (que podemos chamar de "definição moderna clássica", que organiza e estabelece as bases de periodização usadas na estruturação do cânone ocidental); uma definição "romântica" (na qual a presença de uma intenção estética do próprio autor torna-se decisiva para essa caracterização); e, finalmente, uma "concepção crítica" (na qual as definições estáveis tornam-se passíveis de confronto, e a partir da qual se buscam modelos teóricos capazes de localizar o fenômeno literário e, apenas nesse movimento, "defini-lo"). Deixar a cargo do leitor individual a definição implica uma boa dose de subjetivismo, (postura identificada com a matriz romântica do conceito de "Literatura"); a menos que se queira ir às raias do solipsismo, encontrar-se-á alguma necessidade para um diálogo quanto a esta questão. Isto pode, entretanto, levar ao extremo oposto, de considerar como literatura apenas aquilo que é entendido como tal por toda a sociedade ou por parte dela, tida como autorizada à definição. Esta posição não só sufocaria a renovação na arte literária, como também limitaria excessivamente o corpus já reconhecido. De qualquer forma, destas três fontes (a "clássica", a "romântica" e a "crítica") surgem conceitos de literatura, cuja pluralidade não impede de prosseguir a classificações de gênero e exposição de autores e obras.

Etimologia

O termo provém do latim litteratura, "arte de escrever, literatura", a partir da palavra latina littera, "letra".

Alguns Conceitos

"Arte Literária é mimese (imitação); é a arte que imita pela palavra." (Aristóteles, Grécia Clássica);

A Literatura obedece a leis inflexíveis: a da herança, a do meio, a do momento." (Hipolite Taine, pensador determinista, metade do século XIX);

"A Literatura é arte e só pode ser encarada como arte." (Doutrina da arte pela arte, fins do século XIX);

"O poeta sente as palavras ou frases como coisas e não como sinais, e a sua obra como um fim e não como um meio; como uma arma de combate." (Jean-Paul Sartre, filósofo francês, século XX;

"É com bons sentimentos que se faz Literatura ruim." (André Gide, escritor francês, século XX;

"A distinção entre Literatura e as demais artes vai operar-se nos seus elementos intrínsecos, a matéria e a forma do verbo." (LIMA, Alceu Amoroso. A estética literária e o crítico. 2. ed. Rio de Janeiro, AGIR, 1954. p 54-5.)

"A Literatura, como toda arte, é uma transfiguração do real, é a realidade recriada através do espírito do artista e retransmitida através da língua para as formas, que são os gêneros, e com os quais ela toma corpo e nova realidade. Passa, então, a viver outra vida, autônoma, independente do autor e da experiência de realidade de onde proveio." (COUTINHO, Afrânio. Notas de teoria literária. 2. ed. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1978. p. 9-10)

Formas literárias

Poesia

Provavelmente a mais antiga das formas literárias, a poesia consiste no arranjo harmônico das palavras. Geralmente, um poema organiza-se em versos, caracterizados pela escolha precisa das palavras em função de seus valores semânticos (denotativos e, especialmente, conotativos) e sonoros. É possível a ocorrência da rima, bem como a construção em formas determinadas como o soneto e o haikai. Segundo características formais e temáticas, classificam-se diversos gêneros poéticos adotados pelos poetas.

Peças de Teatro

O teatro, forma literária clássica, composta basicamente de falas de um ou mais personagens, individuais (atores e atrizes) ou coletivos (coros), destina-se primariamente a ser encenada e não apenas lida. Até um passado relativamente recente, não se escrevia a não ser em verso. Na tradição ocidental, as origens do teatro datam dos gregos, que desenvolveram os primeiros gêneros: a tragédia e a comédia.

Mudanças vieram: novos gêneros, como a ópera, que combinou esta forma com (pelo menos) a música; inovações textuais, como as peças em prosa; e novas finalidades, como os roteiros para o cinema.

A imensa maioria das peças de teatro está baseada na dramatização, ou seja, na representação de narrativas de ficção por atores encarnando personagens.Que por acaso não podem se dar bem com filmes, pois os filmes são muito diferentes de teatros que não nos possibilitam ver alem do certo, que não nos permitem interpretar.

Elas podem ser:

* Tragédia
* Drama
* Comédia
* Ópera

Ficção em Prosa

A literatura de ficção em prosa, cuja definição mais crua é o texto "corrido", sem versificação, bem como suas formas, são de aparição relativamente recente. Pode-se considerar que o romance, por exemplo, surge no início do século XVII com Dom Quixote de La Mancha, de Miguel de Cervantes Saavedra.

Subdivisões, aqui, dão-se em geral pelo tamanho e, de certa forma, pela complexidade do texto. Entre o conto, "curto", e o romance, "longo", situa-se por vezes a novela.

Gêneros Literários

A linguagem é o veículo utilizado para se escrever uma obra literária. Escrever obras literárias é trabalhar com a linguagem. Os Gêneros Literários são as várias formas de trabalhar a linguagem, de registrar a história, e fazer com que a essa linguagem seja um instrumento de conexão entre os diversos contextos literários que estão dispersos ao redor do mundo.

Literatura de informação: A Literatura de Informação é um segmento do Quinhentismo, que é a denominação das manifestações literárias ocorridas em território brasileiro durante o século XVI. Além da Literatura de Informação, foi de destaque ao Quinhentismo a chamada Literatura dos Jesuítas. Iniciou-se no Brasil e durou de 1500 à 1601.

Língua portuguesa

A língua portuguesa é uma língua românica, flexiva que se originou no que é hoje a Galiza e o norte de Portugal, derivada do latim vulgar falado pelos povos pré-romanos que habitavam a parte ocidental da península Ibérica (Galaicos, Lusitanos, Célticos e Cónios) há cerca de dois mil anos. O idioma se espalhou pelo mundo nos séculos XV e XVI quando Portugal estabeleceu um império colonial e comercial (1415-1999) que se estendeu do Brasil, na América, a Goa, na Ásia (Índia, Macau na China e Timor-Leste). Foi utilizada como língua franca exclusiva na ilha do Sri Lanka por quase 350 anos. Durante esse tempo, muitas línguas crioulas baseadas no Português também apareceram em todo o mundo, especialmente na África, na Ásia e no Caribe.

Com mais de 260 milhões de falantes,[11] é, como língua nativa, a quinta língua mais falada no mundo, a mais falada no hemisfério sul, a terceira mais falada no mundo ocidental e das que usam o alfabeto latino. Além de Portugal, é oficial em Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Macau, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e, desde 13 de julho de 2007, na Guiné Equatorial,[12][13] sendo também falado nos antigos territórios da Índia Portuguesa (Goa, Damão, Ilha de Angediva, Simbor, Gogolá, Diu e Dadrá e Nagar-Aveli) e em pequenas comunidades que faziam parte do Império Português na Ásia como Malaca, na Malásia e na África Oriental como Zanzibar, na Tanzânia. Possui estatuto oficial na União Europeia, no Mercosul, na União Africana, na Organização dos Estados Americanos, na União Latina, na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e na Associação dos Comités Olímpicos de Língua Oficial Portuguesa (ACOLOP).

Assim como os outros idiomas, o português sofreu uma evolução histórica, sendo influenciado por vários idiomas e dialetos, até chegar ao estágio conhecido atualmente. Deve-se considerar, porém, que o português de hoje compreende vários dialetos e subdialetos, falares e subfalares, muitas vezes bastante distintos, além de dois padrões reconhecidos internacionalmente (português brasileiro e português europeu). No momento actual, o português é a única língua do mundo ocidental falada por mais de cem milhões de pessoas com duas ortografias oficiais (note-se que línguas como o inglês têm diferenças de ortografia pontuais mas não ortografias oficiais divergentes), situação a que o Acordo Ortográfico de 1990 pretende pôr cobro.

Segundo um levantamento feito pela Academia Brasileira de Letras, a língua portuguesa tem, atualmente, cerca de 356 mil unidades lexicais. Essas unidades estão dicionarizadas no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa.

O português é conhecido como "A língua de Camões" (em homenagem a Luís Vaz de Camões, escritor português, autor de Os Lusíadas) e "A última flor do Lácio" (expressão usada no soneto Língua Portuguesa, do escritor brasileiro Olavo Bilac[14]). Miguel de Cervantes, o célebre autor espanhol, considerava o idioma "doce e agradável".[15]

Nos séculos XV e XVI, à medida que Portugal criava o primeiro império colonial e comercial europeu, a língua portuguesa se espalhou pelo mundo, estendendo-se desde as costas africanas até Macau, na China, ao Japão e ao Brasil, nas Américas. Como resultado dessa expansão, o português é agora língua oficial de oito países independentes além de Portugal, e é largamente falado ou estudado como segunda língua noutros. Há, ainda, cerca de vinte línguas crioulas de base portuguesa. É uma importante língua minoritária em Andorra, Luxemburgo, Paraguai, Namíbia, Maurícia, Suíça e África do Sul. Além disso, encontram-se em várias cidades no mundo numerosas comunidades de emigrantes onde se fala o português, como em Paris, na França, Hamilton, nas Ilhas Bermudas, Toronto, Hamilton, Montreal e Gatineau no Canadá, Boston, Nova Jérsei e Miami nos EUA e Nagoia e Hamamatsu no Japão.

História

O português surgiu no noroeste da península Ibérica e desenvolveu-se na sua faixa ocidental, incluindo parte da antiga Lusitânia e da Bética romana. O romance galaico-português nasce do latim falado, trazido pelos soldados e colonos romanos desde o século III a.C.. O contacto com o latim vulgar fez com que, após um período de bilinguismo, as línguas locais desaparecessem, levando ao aparecimento de novos dialectos. Assume-se que a língua iniciou o seu processo de diferenciação das outras línguas ibéricas através do contacto das diferentes línguas nativas locais com o latim vulgar, o que levou ao possível desenvolvimento de diversos traços individuais ainda no período romano.[16][17][18] A língua iniciou a segunda fase do seu processo de diferenciação das outras línguas românicas depois da queda do Império Romano, durante a época das invasões bárbaras no século V quando surgiram as primeiras alterações fonéticas documentadas que se reflectiram no léxico. Começou a ser usada em documentos escritos pelo século IX, e no século XV tornara-se numa língua amadurecida, com uma literatura bastante rica.

Chegando à península Ibérica em 218 a.C., os romanos trouxeram com eles o latim vulgar, de que todas as línguas românicas (também conhecidas como "línguas novilatinas", ou, ainda, "neolatinas") descendem. Só no fim do século I a.C. os povos que viviam a sul da Lusitânia pré-romana, os cónios e os celtas, começam o seu processo de romanização. As línguas paleo-ibéricas, como a Língua lusitana ou a sul-lusitana são substituídas pelo latim. Estrabão, um geógrafo da Grécia antiga, comenta num dos livros da sua obra Geographia que os turdetanos adoptaram os costumes romanos, e já não se lembravam da própria língua, sendo este o povo mais romanizado da época na península, habitando a região hoje chamada de Andaluzia, na Espanha.[19] A língua difundiu-se com a chegada dos soldados, colonos e mercadores, vindos das várias províncias e colónias romanas, que construíram cidades romanas normalmente perto de cidades nativas.

A partir de 409 d.C.,[20] enquanto o Império Romano entrava em colapso, a península Ibérica era invadida por povos de origem germânica e iraniana ou eslava[21] (suevos, vândalos, búrios, alanos, visigodos), conhecidos pelos romanos como bárbaros que receberam terras como fœderati. Os bárbaros (principalmente os suevos e os visigodos) absorveram em grande escala a cultura e a língua da península; contudo, desde que as escolas e a administração romana fecharam, a Europa entrou na Idade Média e as comunidades ficaram isoladas, o latim popular começou a evoluir de forma diferenciada e a uniformidade da península rompeu-se, levando à formação de um proto-ibero-romance "lusitano" (ou proto-galego-português). Desde 711, com a invasão islâmica da península, que também introduziu um pequeno contingente de saqalibas, o árabe tornou-se a língua de administração das áreas conquistadas. Contudo, a população continuou a usar as suas falas românicas, o moçárabe nas áreas sob o domínio mouro, de tal forma que, quando os mouros foram expulsos, a influência que exerceram na língua foi relativamente pequena. O seu efeito principal foi no léxico, com a introdução de cerca de mil palavras através do moçárabe-lusitano.

Os registos mais antigos que sobreviveram de uma língua portuguesa distinta são documentos notariais (ou tabeliónicos) do século IX, ainda entremeados com muitas frases em latim notarial (ou latino-romance). Essa fase da história da língua, que antecedeu o surgimento de uma escrita (scripta) portuguesa autónoma foi designada por "período proto-histórico" por José Leite de Vasconcelos e "período das origens" por Clarinda Maia. Embora a escrita tivesse uma aparência "alatinada" a língua falada era o galego-português. [carece de fontes?]

Os mais antigos textos escritos em português constituem aquilo que Ivo Castro chamou a "produção primitiva portuguesa" e datam de inícios do século XIII. A partir de 1255 o português foi adoptado como 'língua de registo' na Chancelaria Régia (no reinado de D. Afonso III).

Portugal tornou-se independente em 1143 com o rei D. Afonso Henriques. A língua falada à época, o português antigo (antepassado comum ao galego e ao português modernos, do século XII ao século XIV), começou a ser usada de forma mais generalizada, depois de ter ganhado popularidade na Península Ibérica cristianizada como uma língua de poesia. Em 1290, o rei Dom Dinis cria a primeira universidade portuguesa em Lisboa (o Estudo Geral) e decretou que o português, até então apenas conhecido como "língua vulgar" passasse a ser conhecido como língua portuguesa e oficialmente usado.

No segundo período do português arcaico, entre os séculos XIV e XVI, com as descobertas portuguesas, a língua portuguesa espalhou-se por muitas regiões da Ásia, África e Américas. Hoje, a maioria dos falantes do português encontram-se no Brasil, na América do Sul. No século XVI, torna-se a língua franca da Ásia e África, usado não só pela administração colonial e pelos mercadores, mas também para comunicação entre os responsáveis locais e europeus de todas as nacionalidades. A irradiação da língua foi ajudada por casamentos mistos entre portugueses e as populações locais e a sua associação com os esforços missionários católicos levou a que fosse chamada Cristão em muitos sítios da Ásia. O Dicionário japonês-português de 1603 foi um produto da actividade missionária jesuíta no Japão. A língua continuou a gozar de popularidade no sudoeste asiático até ao século XIX.

Algumas comunidades cristãs falantes de português na Índia, Sri Lanka, Malásia e Indonésia preservaram a sua língua mesmo depois de terem ficado isoladas de Portugal. A língua modificou-se bastante nessas comunidades e, em muitas, nasceram crioulos de base portuguesa, alguns dos quais ainda persistem, após séculos de isolamento. Encontra-se também um número bastante considerável de palavras de origem portuguesa no tétum. Palavras de origem portuguesa entraram no léxico de várias outras línguas, como o japonês, o suaíli, o indonésio e o malaio.

O fim do português arcaico é marcado pela publicação do Cancioneiro Geral de Garcia de Resende em 1516. O período do português moderno (do século XVI até ao presente) teve um aumento do número de palavras originárias do latim clássico e do grego, emprestadas ao português durante a Renascença, aumentando a complexidade da língua.

Em março de 1994 foi fundado o Bosque de Portugal, na cidade sul-brasileira de Curitiba; o parque abriga o Memorial da Língua Portuguesa, que homenageia os imigrantes portugueses e os países que adotam a língua portuguesa; originalmente eram sete as nações que estavam representadas em pilares, mas com a independência de Timor-Leste, este também foi homenageado com um pilar construído em 2007.[22]

Em março de 2006, fundou-se em São Paulo o Museu da Língua Portuguesa.


Classificação e línguas relacionadas

O português é uma língua indo-europeia, do grupo das línguas românicas (ou latinas), as quais descendem do latim, pertencente ao ramo itálico da família indo-europeia.

A língua portuguesa é, em alguns aspectos, parecida com a língua castelhana, tal como com a língua catalã ou a língua italiana, mas é muito diferente na sua sintaxe, na sua fonologia e no seu léxico. Um falante de uma das línguas precisa de alguma prática para entender um falante da outra. Além do mais, as diferenças no vocabulário podem dificultar o entendimento. Compare-se por exemplo:

Ela fecha sempre a janela antes de jantar. (em português)

Ella cierra siempre la ventana antes de cenar. (castelhano)

Enquanto os falantes de português têm um nível notável de compreensão do castelhano, os falantes castelhanos têm, em geral, maior dificuldade de entendimento. Isto acontece porque o português, apesar de ter sons em comum com o castelhano, possui outros que são únicos. No português, por exemplo, há vogais e ditongos nasais (provavelmente herança das línguas célticas[23][24]). Além disso, no português europeu há profunda redução de intensidade das sílabas finais e as vogais átonas finais tendem a ser ensurdecidas ou mesmo suprimidas. Esta particularidade da variedade europeia, que resulta do chamado ‘processo de redução do vocalismo átono’, dificulta a compreensão por parte de falantes castelhanos, galegos e brasileiros.

O português é, naturalmente, relacionado com o catalão, o italiano e todas as outras línguas latinas.

Há muitas línguas de contato derivadas do ou influenciadas pelo português, como por exemplo o patuá macaense de Macau. No Brasil, destacam-se o lanc-patuá derivado do francês e vários quilombolas, como o cupópia do Quilombo Cafundó, de Salto de Pirapora, no estado brasileiro de São Paulo.[25]

Distribuição geográfica

O português é primeira língua em Angola, Brasil, Portugal, São Tomé e Príncipe e Moçambique.

A língua portuguesa é também a língua oficial de Cabo Verde, da Guiné-Bissau e uma das línguas oficiais da Guiné Equatorial (com o espanhol e o francês), de Timor-Leste (com o tétum) e de Macau (com o chinês). É bastante falado, mas não oficial, em Andorra, Luxemburgo, Namíbia e Paraguai. Crioulos de base portuguesa são as línguas maternas da população de Cabo Verde e de parte substancial dos guineenses e são-tomenses.

O português é falado por cerca de 190 milhões de pessoas na América do Sul, 16 milhões de africanos, 12 milhões de europeus, dois milhões na América do Norte e 330 mil na Ásia.

Dentre as línguas, oficiais e primeiras, faladas numa significativa quantidade de países, o Português é a única cujos países falantes (7 nações) não fazem fronteira com outro país da mesma língua. Tal não ocorre com o Inglês, com o Francês, o Espanhol, o Árabe ou o Alemão. Os territórios colonizados por Portugal não se sub-dividiram em diversos países, como ocorreu com as colônias da Espanha nas Américas, com as colônias da França e do Reino Unido na África. Nem os países originados pela expansão árabe islâmica pela Ásia e África mantiveram a unidade política.

A CPLP ou Comunidade dos Países de Língua Portuguesa é uma organização internacional constituída pelos oito países independentes que têm o português como língua oficial. O português é também uma língua oficial da União Europeia, Mercosul e uma das línguas oficiais e de trabalho da União Africana. A União Latina é outra organização internacional constituída por países de línguas românicas como o português. A língua portuguesa tem ganhado popularidade como língua de estudo na África, América do Sul e Ásia.

Dialectos

A língua portuguesa tem grande variedade de dialectos, muitos deles com uma acentuada diferença lexical em relação ao português padrão seja no Brasil ou em Portugal.[26][27][28] Tais diferenças, entretanto, não prejudicam muito a inteligibilidade entre os locutores de diferentes dialectos.

Os primeiros estudos sobre os dialectos do Português europeu começaram a ser registados por Leite de Vasconcelos no começo do século XX.[29][30] Mesmo assim, todos os aspectos e sons de todos os dialectos de Portugal podem ser encontrados nalgum dialecto no Brasil. O português africano, em especial o português são-tomense, tem muitas semelhanças com o português do Brasil. Ao mesmo tempo, os dialetos do sul de Portugal (chamados "meridionais") apresentam muitas semelhanças com o falar brasileiro, especialmente, o uso intensivo do gerúndio (e. g. falando, escrevendo, etc.). Na Europa, os dialectos transmontano e alto-minhoto apresentam muitas semelhanças com o galego.[31] Um dialecto já quase desaparecido é o português oliventino ou português alentejano oliventino, falado em Olivença e em Táliga.

Após a independência das antigas colónias africanas, o português padrão de Portugal tem sido o preferido pelos países africanos de língua portuguesa. Logo, o português tem apenas dois dialectos de aprendizagem, o europeu e o brasileiro. Note-se que na língua portuguesa europeia há uma variedade prestigiada que deu origem à norma-padrão: a variedade de Lisboa. No Brasil, o dialecto de mais prestígio é o falado pelos habitantes cultos das grandes cidades, sendo os mais difundidos na mídia o de São Paulo e o do Rio de Janeiro. Os dialectos europeus e americanos do português apresentam problemas de inteligibilidade mútua (dentro dos dois países), devido, sobretudo, a diferenças fonéticas e lexicais. Nenhum pode, no entanto, ser considerado como intrinsecamente melhor ou mais perfeito do que os outros
.

Dialectos de Portugal

. * 1. Dialectos portugueses insulares açorianos. Ouvir registo sonoro recolhido em Ponta Garça (São Miguel).
* 8. Dialectos portugueses insulares madeirenses. Ouvir registo sonoro recolhido em Câmara de Lobos.
* 4. e 10. Dialectos portugueses setentrionais: dialectos transmontanos e alto-minhotos. Ouvir registo sonoro recolhido em Castro Laboreiro (Minho).
* 9. 6. 5. Dialectos portugueses setentrionais: dialectos baixo-minhotos-durienses-beirões. Ouvir registo sonoro recolhido em Granjal (Viseu).
* 7. Dialectos portugueses centro-meridionais: dialectos do centro litoral. Inclui Coimbra, Leiria e Lisboa. Ouvir registo sonoro recolhido em Moita do Martinho (Leiria).
* 2. e 3. Dialectos portugueses centro-meridionais: dialectos do centro interior e do sul. Ouvir registo sonoro recolhido em Serpa (Beja, Alentejo).

Regiões subdialectais com características peculiares bem diferenciadas

* Dialectos portugueses setentrionais
o Região subdialectal do Baixo-Minho e Douro Litoral. Inclui o Porto. Ouvir registo sonoro recolhido em Vila Praia de Âncora (Viana do Castelo).
* Dialectos portugueses centro-meridionais
o Região subdialectal da Beira Baixa e Alto Alentejo: zona centro-meridional. Ouvir registo sonoro recolhido em Castelo de Vide (Portalegre, Alentejo).
o Região subdialectal do Barlavento do Algarve. Ouvir registo sonoro recolhido em Porches (Algarve).

Um mapa mais preciso da classificação Lindley Cintra pode ser encontrado nesta página do Instituto Camões.

Dialetos do Brasil

Há pouca precisão na divisão dialetal brasileira. Alguns dialetos, como o dialeto caipira, já foram estudados, estabelecidos e reconhecidos por linguistas, tais como Amadeu Amaral. Contudo, há poucos estudos a respeito da maioria dos demais dialetos. Uma tentativa de classificação dos dialetos foi realizada pelo Antenor Nascentes.[32]

* 1. Caipira - interior do estado de São Paulo, norte do Paraná, sul de Minas Gerais, sul de Goiás e leste de Mato Grosso do Sul (Sul, Sudeste e Centro-Oeste)
* 2. Dialeto nordestino do norte - dialeto falado no norte da Região Nordeste, mais precisamente no Maranhão e Piauí, com influência do dialeto nortista.
* 3. Dialeto nordestino do sul/Baiano - dialeto falado no sul da Região Nordeste, mais precisamente na Bahia, com influência do dialeto mineiro.
* 4. Fluminense (ouvir) - Estado do Rio de Janeiro (capital e regiões litorânea e serrana) (Sudeste)
* 5. Gaúcho - Rio Grande do Sul, com alguma influência do castelhano, caracteriza-se principalmente pelo uso do "tu", da segunda pessoa do singular, no lugar de "você", comumente falado nas demais regiôes do País. (Sul).
* 6. Mineiro - Minas Gerais (Sudeste)
* 7. Dialeto nordestino do centro - dialeto falado no centro da Região Nordeste, mais precisamente nos estados de Alagoas e Sergipe e interior do Ceará, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte. As cidades de Recife, João Pessoa, Natal e Fortaleza apresentam um dialeto misturado (ouvir), forte influência dos dialetos paulistano, fluminense, sulista e naturalmente nordestino, devido migrantes recentes do Sudeste e Sul e nordestinos que voltam de São Paulo e Rio de Janeiro.
* 8. Nortista - estados da bacia do Amazonas - (o interior e Manaus têm falares próprios)
* 9. Paulistano - cidade de São Paulo e proximidades
* 10. Sertanejo - Estados de Goiás e Mato Grosso. Se assemelha aos dialectos mineiro e caipira.
* 11. Sulista - Estados do Paraná e Santa Catarina. Este dialeto sofre inúmeras variações de pronúncia de acordo com a área geográfica, sendo influenciado pela pronúncia de São Paulo e Rio Grande do Sul com influências eslavas no Paraná e em algumas regiões de Santa Catarina, e na maioria das regiões deste estado influências portuguesas e gaúchas. Há pequena influência nas áreas de colonização alemã com sotaque.
* 12. Paraense típico de Belém da região metropolitana, do norte do Pará e Amapá.

Gramática

Morfologia verbal

Os verbos são divididos em três conjugações, identificadas pela terminação dos infinitivos, -ar, -er, -ir (e -or, remanescente no único verbo, pôr, juntamente com seus compostos; este verbo pertence, todavia, à conjugação de infinitivos terminados em -er, pois tem origem no latim poner, evoluindo para poer e pôr). A maioria dos verbos terminam em ar, tais como cantar. De uma forma geral, os verbos com a mesma terminação seguem o mesmo padrão de conjugação. Porém, são abundantes os verbos irregulares e alguns chegam a ser até mesmo anômalos: ir, ser, saber, pôr e seus derivados apor, opor, compor, dispor, supor, propor, decompor, recompor, repor, sobrepor, transpor e antepor.

Tempos e aspectos

Há, no português, três tempos e diversos aspectos, a saber:

* Presente, que exprime ações frequentes ou corriqueiras.
* Pretérito, exprimindo ações terminadas no passado, sendo dividido em:
o Pretérito imperfeito, ações inacabadas;
o Pretérito perfeito, ações acabadas;
o Préterito mais-que-perfeito, ação anterior a uma já acabada;
* Futuro, que exprime ações pontuais que ocorrerão no futuro, sendo divididos em:
o Futuro do presente, ações que serão executadas;
o Futuro do pretérito, ações que poderiam ser executadas.

Na língua portuguesa, os verbos são divididos em seis modos, de acordo com o que exprimem:

* Indicativo, para exprimir fatos tidos como certos;
* Conjuntivo ou Subjuntivo, para exprimir suposições;
* Imperativo, para exprimir instruções;
* Condicional, para exprimir condições (normalmente, tendo como base suposições);
* Infinitivo, formas verbais que não exprimem nada autónomos, sendo dividido em:
o Infinitivo Pessoal, em que cada forma corresponde a uma pessoa;
o Infinitivo Impessoal, em que a forma dá nome ao seu verbo;
* Formas nominais, sendo estas o Gerúndio, muito utilizado na Conjugação Perifrástica. Participio Passado ou Adjectivo Verbal, utilizada para tempos compostos e para a Voz Passiva, e Infinitivo Impessoal.
Conjugação Perifrástica

A Conjugação Perifrástica refere-se a não-tempos — chamemos-lhe assim porque, embora esteja gramaticalmente correcto utilizar qualquer uma das formas abaixo, estas não são tempos verbais na nossa gramática.

Podemos utilizar a Conjugação Perifrástica para exprimir os seguintes sentidos:[33]

* Necessidade - ter de + infinitivo (ex.: Eu tenho de melhorar a Wikipédia.);
* Certeza - haver de + infinitivo (ex.: Hei-de conseguir melhorar.);
* Intenção - estar para + infinitivo (ex.: Estou para melhorar.) ou estar prestes a + infinitivo (ex.: Estou prestes a melhorar.);
* Realização futura - verbo ir no presente do indicativo + infinitivo do verbo principal (ex.: Vou ler o artigo sobre a Língua Portuguesa na Wikipédia.)
* Realização próxima - verbo estar no presente do indicativo + a + infinitivo (ex.: Estou a editar a Wikipédia.) ou verbo estar no presente do indicativo + gerúndio (ex.: Estou editando a Wikipédia.)
* Realização gradual - verbo ir no presente do indicativo + gerúndio (ex.: Vou editando a Wikipédia.)
* Acontecimento simultâneo(1) - verbo ir no pretérito imperfeito do indicativo + a + infinitivo (ex.: Ia rever a Wikipédia quando recebi uma mensagem de correio electrónico.)
* Acontecimento simultâneo(2) - verbo estar no pretérito imperfeito do indicativo + gerúndio (ex.:"Estava revendo a Wikipédia quando recebi uma mensagem de correio eletrônico.")
* Probabilidade ou dever - verbo dever no presente do indicativo + infinitivo (ex.: Devo propor aquele artigo para destaque.)
* Aconselhamento ou reflexão - verbo dever no pretérito imperfeito do indicativo + infinitivo (ex.: Devias ter proposto aquele artigo para destaque.) ou verbo dever no futuro do pretérito do indicativo + infinitivo (ex.: Deverias ter proposto aquele artigo para destaque.)
Vozes do verbo

Na Língua Portuguesa, tal como noutras línguas, existem as vozes activa, passiva e reflexiva do verbo.

A voz activa é utilizada para falar directamente com a pessoa, enquanto que a voz passiva é utilizada para relatar algo.

A voz activa utiliza-se conforme o exemplo a seguir: Eu como uma maçã.

A voz passiva é formada pelo verbo ser no tempo e modo pretendidos mais o particípio do verbo pretendido (ex.: A maçã foi comida por mim.). Tenha em conta que a voz passiva só pode ser feita com verbos transitivos (verbos do género Como a maçã) e intransitivos (verbos do género Eu corro, que não precisam de acompanhamento de um complemento na frase).
Uso coloquial

Na forma coloquial da língua no Brasil há particularidades na conjugação verbal que ocorrem na conversação, mesmo entre aqueles com mais estudo. Isso não se manifesta, porém, na forma um pouco mais erudita quando escrita.

* O futuro simples é sempre substituído pela forma composta com o verbo auxiliar IR no presente do indicativo + o infinitivo do verbo: dificilmente alguém fala eu farei, diz-se sempre eu vou fazer;
* O pretérito mais-que-perfeito simples é sempre substituído pela forma composta com o verbo auxiliar "ter" (não "haver") no pretérito imperfeito do indicativo + o particípio passado do verbo: Dificilmente alguém fala eu fizera, diz-se eu tinha feito. Quase não se fala também eu havia feito quando na conversação coloquial.

Numa forma mais coloquial e incorreta, principalmente entre os menos letrados, usa-se muito o pretérito imperfeito como se fosse o futuro do pretérito (condicional): Em lugar de em seu lugar, eu agiria de outra forma, diz-se em seu lugar eu agia de outra forma[34];

Morfologia nominal

Todos os substantivos portugueses apresentam dois gêneros: masculino ou inclusivo e feminino ou exclusivo. Muitos adjetivos e pronomes, e todos os artigos, indicam o gênero dos substantivos a que eles se referem. O gênero feminino em adjetivos é formado de modo diferente dos substantivos. Muitos adjetivos terminados em consoante permanecem inalterados: "homem superior", "mulher superior", da mesma forma os adjetivos terminados em "e": "homem forte", "mulher forte". Fora isso, o substantivo e o adjetivo devem sempre estar em concordância: "homem alto", "mulher alta".

O grau dos substantivos é, de uma forma genérica, representado pelos sufixos "-ão, -ona" para o aumentativo e "-inho, -inha" para o diminutivo, ainda que haja numerosas variações para representar esses graus.

Os adjetivos podem ser empregados em forma comparativa ou superlativa. A forma comparativa é representada pelos advérbios "mais…que", "menos…que" e "tanto…quanto" (ou "como"), e a forma superlativa é representada pelas locuções "o mais" ou "o menos". Para representar o superlativo absoluto, pode-se ainda acrescentar os sufixos "-íssimo, -íssima" (alguns adjetivos, no entanto, fazem o superlativo absoluto com a terminação "-érrimo, -érrima", ou "-ílimo", "-ílima").

Os substantivos vêm geralmente acompanhados de um numeral, pronome ou artigo, assumindo variações de acordo com as funções sintáticas, a saber:

* Nominativo (sujeito ou objeto direto): a, o, este, esta, isto, esse, essa, isso, aquele, aquela, aquilo;
* Genitivo (adjunto adnominal de posse): da, do, deste, desta, disto, desse, dessa, disso, daquele, daquela, daquilo;
* Locativo (adjunto adverbial de lugar): na, no, neste, nesta, nisto, nesse, nessa, nisso, naquele, naquela, naquilo;
* Dativo (objeto indireto): à, ao, àquele, àquela, àquilo (a preposição não se funde com os demais demonstrativos).

Os advérbios podem ser formados pelo feminino dos adjetivos, com o acréscimo do sufixo "-mente", por exemplo: certo = cert(a)mente.

sexta-feira, 11 de junho de 2010


memórias do pecador

Quando eu acordo no meio da noite

Minha cabeça girando como uma tempestade de emoções e dora aflição das almas mortais

O chamado de destruição e desespero

Não podendo negar Tudo

meu caminho parece predestinado


Viro-me para dormir novamente

mas desta vez

Eu caio em choro

observando um túmulo com meu nome

mas eu ainda estou aqui

Eu deveria estar lá ....


Por que eu existo?

porque o sofrimento é uma parte de mim?


E novamente as lágrimas descendo dos meus olhos

e, de novo, novamente e mais uma vez ....


Escrito em sangue

Minhas lembranças são gravadas na minha pele pálida

a dor da carne faz-me vivo

O som do grito de ódio reprimido é agora livre

movendo-se em direção ao mar de sangue

que cortam a sede de uma solidão impenetrável


Escutando o chamado da destruição e do desespero

o caminho se torna uma estrada em direção ao abismo da tristeza, onde as vozes

ouvidas no início

está à espera de alguém


quando me aproximei (recuar)

a voz tornou-se mais familiar (negar)

meus sentimentos em êxtase (porque isso está acontecendo?)

tomado por um medo repentino (coragem!!)

em seguida, a verdade aterrorizante aparece ...


no meio do círculo

Eu me vi gritando

sentindo dor em total sofrimento

Meu mundo desmoronando

como um coração negro que corrói por dentro


vendo tudo isso

Uma luz circular é para mim apresentado

Para o centro eu fui levado

meu corpo começa a sentir essa dor e sofrimento

E eu rezo para que esta dor me leve de uma vez por todas...

Abri os olhos

e percebi que era tudo um sonho

mas na minha pele pálida

estão gravados os pecados da minha memória....

Remorso Sanguinário

Acordo mais uma vez suada, com os cabelos grudados em minha pele pálida, sempre foi assim!

Ele entra no meu sonhos e acaba comigo, com a minha auto-estima, com a minha moralidade e até mesmo a minha virgindade.

Acordo mais uma vez, com as pernas abertas, voce me invandido...

Ás vezes me salvando, e sempre me estrupando...

Sou uma prostituta, é realidade!Chego até gostar da sensação que voce me da, masoquista, outra verdade...Eu grito, com a intenção de alguem me salvar, mas ninguem me escuta, nem eu mesmo...

Tento fechar os meu olhos, mas é em vão, minhas palpebras criam vida, para não deixar os meus olhos fechados...

Eu sempre penso não vão deixar voce me abusar novamente, mas quando voce chega, eu me libero e eu sinto a sensação surreal novamente, e eu desisto, sou mas puta que uma prostituta, porque ela dá mas ganha algo em troca, mas eu sou diferente, eu não quero nada em troca, eu só queria que voce me reconheçesse, era tudo que eu queria e ai eu seria livre, e eu não seria mais uma...

Será que é errado isso? É amor ou masoquismo? Prefiro não saber a resposta, pois sou mais saudavel triste...Eu tenho remoroso sanguinário!

O que é um Conto Gótico?

O gênero gótico se recusa a repousar silenciosamente em sua tumba. Seus horrores — vampiros, maníacos, fantasmas — continuam a ressoar dentro de nós, porque somos esses horrores. Agora, convidamos você a mergulhar num mundo de aventuras góticas: onde a inocência luta contra a corrupção, onde o amor destrói e redime, onde a magia não pode subjugar a moralidade e onde a justiça divina existe para todos.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Literatura gótica


A literatura gótica inicia-se no século XVIII, na Inglaterra, com a obra O Castelo de Otranto(1764), de Horace Walpole. Costuma-se destacar, como algumas das principais características desse tipo de literatura, os cenários medievais (castelos, igrejas, florestas, ruínas), os personagens melodramáticos(donzelas, cavaleiros, vilões, os criados), os temas e símbolos recorrentes (segredos do passado, manuscritos escondidos, profecias, maldições).
Outras leituras possíveis da literatura gótica envolvem destacar nos romances o uso da psicologia do
terror (o medo, a loucura, a devassidão sexual, a deformação do corpo), do imaginário sobrenatural (fantasmas, demônios, espectros, monstros), das reflexões sobre o Poder (colonialismo, o papel da mulher, sexualidade), da discussão política (monarquismo, republicanismo, as Revoluções, a industrialização), dos aspectos religiosos (catolicismo, protestantismo, a Inquisição, as Cruzadas), das concepções estéticas(neoclassicismo, romantismo, o Sublime) e filosóficas (a Natureza, Platão, Aristóteles, Rousseau), além de outras possíveis chaves interpretativas.

Momentos Formadores: a origem da palavra "gótico"

Em princípio, "gótico" é um adjetivo que se refere a tribo dos Godos, povo de cultura germânica que habitava a região do baixo Danúbio, localizados na parte leste (Ostrogodos) e na parte oeste (Visigodos). Sabe-se muito pouco a respeito desse povo, já que eles não escreviam, e o que chegou até nós foi por intermédio do bispo Ulfilas, que registrou sua língua e costumes enquanto ensinava-lhes a Bíblia. Atribui-se a esse povo participação no desmantelamento do Império Romano no século IV. Através de sucessivos ataques pelo norte, os Godos ajudaram a enfraquecer o poder central em Roma.
Posteriormente, os Godos invadiram grande parte do império romano e se tornaram rapidamente romanizados. Os Visigodos se espalharam pela Europa, no século V, e chegaram até a península ibérica. Sua presença poderia ser notada em palavras como Catalunha, de Gothalania (não comprovado), Fernando , de Frithernandus (não comprovado) e albergue, de Haribergo. Sendo um povo nômade e de pouco registo cultural os traços sua presença já haviam sido diluídos pela cultura romana no século VII. A presença gótica em Portugal é tratada num contexto histórico e ficcional pelo escritor Alexandre Herculano em Eurico, o Presbítero(1844).
No século XII, o monge Suger surge com uma inovação arquitetônica que promete acabar com as igrejas escuras. A igreja de Saint Denis é a primeira a utilizar a substituição das paredes por vitrais coloridos, avanços estes obtidos através de arcobotantes, cruzarias e contrafortes como opções de sustentação. O crítico de arte Vasari batizou esse novo estilo de gótico ou estilo ogival, cujo arco quebrado seria símbolo de mão postas ao céu em oração.